sábado, 26 de fevereiro de 2011

Sem nome...

Dizem que um abraço cura qualquer magoa, dor ou sofrimento e leva embora qualquer tristeza ou solidão...
Erre, quantas vezes forem necessárias...
Sorria... Brinque... Chore... Beije... Morra de amor... Sinta... Sonhe... Cante... Viva...
O fim nem sempre é o final...
A roda nem sempre é gigante...
O tempo, o tempo não para, e já que não para vamos comemorar as conquistas...
Não corra atrás de quem você ama, a vida traz quem você merece...
E para começar, só passe a amar quem gosta de ti...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Someday!!!

"Quando você estiver aqui, me adore.
Me adore com a mesma intensidade que eu vou te adorar.
Me admire, mas me corrija quando eu estiver errado.
Me elogie quando eu estiver certo, mas não encha demais a minha bola.
Me ajude a trilhar os caminhos, me ampare nas inquietações, me ensine a respeitar as diferenças entre as pessoas.
Me guie.
Esteja sempre comigo para o que der e vier.
Se não puder ou não estiver disposta e preparada pra me acompanhar, seja sincera e fale.
Farei o mesmo por você.
Quando você estiver aqui, vamos nos abrir para o mundo, cientes de que o mundo não se resume a nós.
Mas quando você estiver aqui e sentir, constantemente, que deveria estar em outro lugar, vá embora.
Deixe comigo as boas lembranças.
E deixe guardado aí com você alguma pontinha de mim.
Serei eternamente grato se você chegar e me fizer feliz assim..."



Carla Motti

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O velho da cadeira de balanço.


Consegue imaginar uma cadeira de balanço, um pouco velha, com algumas madeiras quebradas e bem manchada, colocada no lado de fora da minha humilde casa, mais especificamente na varanda perto da janela manjada. Eu moro em uma fazenda há mais ou menos 30 anos, numa cidadezinha pequena no interior de Portugal. Em uma paisagem mais rural e cheia de mato possível! Pera ai. Arvores cheias de frutas suculentas, flores mais cheirosas do que o próprio perfume que minha ex mulher usava. Galinhas e galos andado com total liberdade, umas três vacas mais velhas do que a própria casa, o meu alazão que fica o dia todo comendo capim e o meu fiel escudeiro e amigo inseparável “Rufus”. Meu cachorro, um labrador muito bobo e dócil. Que fica o dia todo correndo de um lado para o outro, até hoje não entendi o porquê de tanta correria. Pois bem, essa é a visão que tenho quando estou sentado em minha cadeira. Desculpe a minha falta de educação. Muito prazer meu nome é John Taylor. Tenho 85 anos, nasci em Londres e tenho muito historia para contar, se eu lembrar.  Como vivo no campo e dificilmente visito um medico, melhor dizendo nunca vou, e ultimamente tenho esquecido de tantas coisas. Não lembro mais da imagem da minha mulher (falecida), só consigo lembrar quando vejo o porta-retrato que insiste em ficar ao lado da minha cama. Tinha várias historias para contar para vocês, mas não me lembro delas direito. Lembro que quando era pequeno, eu e o meu pai brincávamos de esconde-esconde, no porão. Sempre que tocava uma sirene bem alta e um barulho terrível de avião, meu pai virava para mim e falava para se esconder muito rápido, pois ele iria contar até dez. E geralmente ficávamos lá embaixo por dias. Até o meu pai falar que podíamos sair. Lembro-me quando vim para Portugal. Estava expandindo os negócios da família. Meu pai mexia com especiarias. E uma vez fui tentar vender elas em Portugal e lá eu fiquei. Foi quando eu parei em um lugar para tomar um chá, e de longe eu percebi uma mulher linda que lia um livro. Não lembro bem das cores dos olhos e nem de muito detalhe, só lembro que ela me fez sentir algo que nunca tinha sentido antes na vida. E por ela eu fui apaixonado por 55 anos. E ainda sou, não me lembro dela direito, mas sei que fui. Tento todos os dias, lembrar como era a vida com ela. Ou de como era viver ao lado dela, dos meus pais e irmãos – a é me esqueci de mencionar, eu tinha dois irmão, Nicholas e Sam, ambos já morreram -  mas tudo que consigo pensar é vazio, sem razão, coisas estranhas.  O único sentimento que consigo sentir hoje é amor pela minha amada. Não sinto fome, sede ou vontade de fazer nada, só de ficar sentado aqui na minha cadeira, vendo os meus animais brincarem, e engordarem cada vez mais. Toda vez que fico sentado lendo um livro, um livro que fala de um romance sobre Romeu e Julieta. Não lembro bem da historia, mas leio todos os dias para ver se entendo. Desculpa, mas como é mesmo o seu nome e o que você esta fazendo aqui?

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um mundo gelado...

Canso de ver lá fora o sol brilhar e os meus olhos continuarem ofuscados por tamanha dor que sinto. Meu corpo tem reagido a um maestro que vem fazendo parte de tudo àquilo que tenho escolhido. O caminho da dor nunca foi fácil, minha mãe sempre disse que podemos escolher entre o amor e a dor. Quando escolhi o caminho do amor, acabei indo sem querer para o outro lado, e o final desse túnel, tem se mantido distante dos meus olhos. O mundo que vivo anda congelado, meio sem graça, sem cor e sem cheiro. O silêncio tem me feito refém de um amor que não corresponde e nem ao menos sorrir para mim. Ajoelhado já fiquei, e até agora não consigo levantar do tombo que já tinha tomado antes. Um grande sentimento amargo vem crescendo dentro de mim e vem tomado conta de tudo aquilo que respiro. O sol continua a brilhar lá fora, mas a janela aqui de dentro continua embaçada com a chuva que teima em cair. Orações têm sido a fuga de uma vida calada, vivida dentro de um cubo de vidro, pequeno sem nenhuma janela. Parece que sou um boneco dentro de uma vitrine, vendo o mundo todo lá fora passar, sorrir, brincar e eu não tendo o que fazer. Só quero que tudo isso passe, a chuva pare de cair, que esse amargo vá embora de vez e que a mina felicidade dependa de Deus. Porque um sorriso divide um chorou e não faz parte do mundo que pretendo viver. Um ódio misturado com amor fez o meu mundo virar gelado, morno...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

De volta e mais uma vez...

Tenho vivido um grande recomeço constante em minha vida. Tenho vendido sonhos, para não ter que ver você mais. Tenho dormido acordado, pois meu sono já não existe mais... Tenho seguido uma vida que nunca tive e sonhos jamais imaginados em vida. Tenho pensado e querido você naqueles antigos sonhos. Percebo seu cheiro passear nos lugares menos improváveis. Fiz da minha vida uma escolha que não consigo voltar atrás. Te amar é o desejo que vivo, ser apaixonado já não é tão mágico quanto eu pensava em ser e ter você no meu porta retrato é o jeito mais próximo que achei de ter você perto de mim...
Seus dedos do pé flutuam de encontro ao meu, fazendo um aconchego interminável de sentimentos incompreensíveis a tudo aquilo que um dia eu conheci. O liso da sua unha passa pela sola do meu pé dizendo que ali e não em outro lugar ele deve ficar. E os teus dedos começam a dançar de uma forma mágica, como se tivessem juntado aos meus e montando um único quadro. O cheiro do seu cabelo me faz me sentir em casa, do jeito que me sinto sempre ao chegar aos teus braços.  O teu corpo se encaixa ao meu como uma nota se encaixa a uma partitura.
O instrumental calor da tua pele me faz paralisar ali e diz para minha pele que juntas elas fazem sentidos. A tua coxa se envolve a minha, do jeito que o limão completa o chocolate. O amargo que virou doce igual os teus lábios, negro como cada fio de cabelo que você possui, inconfundível como o doce som da tua voz e neutraliza o acido do limão como você ameniza as dificuldades da vida, estando na minha. E de repente tudo faz completo sentido com o ultimo toque da noite, aquela frase que todo o seu corpo produz, e transmite sem ao menos você produzir o som que atravessa todo seu corpo, passando pelo coração e tendo uma força a mais. Dizendo para mim... Boa noite, meu amor...